Mais uma mulher membro de uma facção criminosa foi presa no Ceará. Maria Joniele Paiva Ferreira, 18, conhecida como 'China' foi detida em flagrante, nesse sábado (25), em Maracanaú. A reportagem apurou que por trás da captura de 'China' existe um esquema de compra de arma de fogo intermediado via Whatsapp e entregue por meio do serviço de aplicativo de transporte particular.
'China' é suspeita de ocultar uma arma artesanal calibre 762. Ela revelou em depoimento prestado à Polícia Civil que comprou a arma e munições por R$ 1.200. Na versão da presa, ela não participa ativamente do grupo, mas precisa andar armada porque "é decretada" por membros de uma facção rival, a qual pertenceu anteriormente.
A mulher conta que entrou para o 'mundo do crime' aos 15 anos de idade. Aos 17, teria trocado de facção porque a anterior "era cheia de pirangagem". Um dia após a prisão, Maria Joniele passou por audiência de custódia e o juiz decidiurevogar o flagrante e conceder a liberdade provisória em troca dela pagar fiança no valor de R$ 2.604.
Até a publicação desta matéria, não havia informação que confirmasse o pagamento da fiança, consequentemente sem ser cumprido o alvará de soltura
Após negociar a arma por meio do aplicativo de mensagem, ela diz ter recebido o armamento usando aplicativo de transporte particular, que também oferta serviço de entrega de encomenda.
A prisão da suspeita é parte da 'Operação Focus', deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por meio da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol).
Conforme a Pasta, China integra organização criminosa atuante em Maracanaú.
"A mulher foi localizada no bairro Antônio Justa, no sábado (25). Na ocasião, uma arma artesanal, uma munição e uma capa de colete foram localizadas enterradas dentro de uma sacola em um terreno da região. "China" foi conduzida para a Delegacia Metropolitana de Maracanaú, onde foi autuada em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, receptação e integrar organização criminosa", disse a SSPDS.
A Secretaria pede que a população contribua com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.
Diário do Nordeste