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Amostras fecais de dezenas de crianças de Canindé (a 118,60 km de distância de Fortaleza) que apresentaram surto de diarreia não mostraram que a causa seria a merenda escolar.
Informação foi divulgada pela Prefeitura do Município, que enviou as amostras para análise do Laboratório Central de Saúde do Governo do Estado (Lacen). Caso aconteceu em 17 de fevereiro.
Após os sintomas, os alunos foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) da região.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Arthur Paiva, a bactéria Escherichia coli (E. coli) e o protozoário giárdia — relacionados à síndrome de disenteria e encontrados nas amostras de fezes — não foram encontrados no leite, achocolatado, biscoito e garrafões d'água da escola submetidos aos exames.
Ele explica que a E.coli é comum nos alimentos crus, mal cozidos, na água suja e em mãos não higienizadas, sendo veículos propagadores.
"Os alimentos não apresentaram nenhum micro-organismo que tornasse impróprio para consumo", pontuou.
Secretaria de Educação acionou a Secretaria de Saúde e a Vigilância Sanitária para iniciar uma sindicância nos alimentos. O resultado final constatou que a bactéria presente nos excrementos infantis não constam na comida nem na água.
Segundo a nota, esta seria a prova que a refeição não motivou o problema.
"Estamos não baseados em falas ou em fatos vazios, mas com documentos e diagnósticos elaborados pelo Lacen. O laudo comprova que o surto de diarreia não tem relação com os alimentos ingeridos pelos alunos nas escolas do município", afirma o prefeito Jardel Souza (PSB).
De acordo com Arthur Paiva, desde o dia 17, o consumo de água e lanche dados pela unidade de ensino foram impedidos para mapear corretamente o incidente e evitar possíveis novos doentes.
"Todos aqueles que queriam ver o caos, que queriam ver a educação dando errado, quebraram a cara, porque trabalhamos com responsabilidade e com documentos", publica o prefeito nas redes sociais.
Apesar da negativa do laudo, a investigação segue para segunda fase da investigação que avaliará o território e a casa onde moram as vítimas para descobrir novas pistas. Ao passo que houver novas informações, será elaborada uma nota.
Novo inquérito orienta mais um contato com as famílias e os acometidos para fazer uma observação epidemiológica do contexto domiciliar, social, territorial e de outros fatores que possam estar relacionados.
Estudo é conduzido pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e pela Secretaria Municipal de Saúde, mais especificamente dentro da Coordenação da Vigilância Sanitária e da Coordenação da Epidemiologia.
Fonte: O Povo