PolĂ­cia

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Mulher passa três dias na cadeia após ser presa por engano ao denunciar agressão do marido

DĂ©bora Nascimento procurou a delegacia de Petrópolis, no Rio de Janeiro, para pedir medidas protetivas contra o companheiro. Ela foi confundida com outra mulher com o mesmo nome, procurada por trĂĄfico de drogas

Por Globo Cariri 20/03/2025 às 09:08:07

Foto: Reprodução

Uma mulher foi presa por engano no Ășltimo domingo (16), no Rio de Janeiro. O caso aconteceu em Petrópolis, após Débora Cristina da Silva Damasceno, 42, procurar a delegacia para denunciar o marido por agressão e pedir medidas protetivas.

Segundo o G1, ela, que trabalha como diarista, passou trĂȘs dias enclausurada, confundida com uma outra mulher que estava sendo procurada por trĂĄfico de drogas. Débora foi liberada apenas nessa terça-feira (18), quando a Justiça reconheceu o erro.

Os nomes das duas mulheres são quase iguais. No entanto, a foragida é de Minas Gerais e oito anos mais nova que a vĂ­tima.

Em entrevista ao UOL, o advogado de Débora, Reinaldo MĂĄximo, contou que a cliente foi levada para o presĂ­dio para cumprir uma pena de nove anos e quatro meses em regime fechado. "Ela foi presa injustamente. Tentou explicar na delegacia que não tinha nada a ver com isso, mas não acreditaram", relatou.

A defesa deve processar o Estado do Rio de Janeiro por danos morais e psicológicos causados à vĂ­tima, que "estĂĄ totalmente abalada" e "traumatizada". "Passei os trĂȘs piores dias da minha vida, foi aterrorizante", compartilhou ela.

Mulher chegou à delegacia machucada

De acordo com boletim de ocorrĂȘncia, Débora estava machucada quando chegou à delegacia em Petrópolis e recebeu voz de prisão. "Ninguém espera que vai na delegacia dar uma queixa e sair algemada", comentou ela ao G1.

"Meu chão caiu. Passei um perrengue que não era para mim", continuou, acrescentando que a famĂ­lia ficou desesperada com a sua prisão. O filho dela, FabrĂ­cio, afirmou que ficou indignado com o erro da Justiça. "Estou sentindo uma tristeza forte", disse.

O erro da prisão foi identificado somente na audiĂȘncia de custódia. JĂĄ a agressão sofrida e denunciada por Débora ainda estĂĄ em investigação pela PolĂ­cia. No entanto, a corporação afirmou que jĂĄ deu entrada nas medidas protetivas solicitadas por ela.

Fonte: DiĂĄrio do Nordeste

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