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A casa caiu para dirigentes de entidades sindicais e associativas que receberam mensalidades descontadas, de forma indevida, de aposentadas e pensionistas do INSS. O roubo do dinheiro dos beneficiários é o maior escândalo da história da previdência social brasileira e impõe desgastes e desafios ao Governo do presidente Lula.
A operação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrada, nessa quarta-feira, provocou a queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanuto, e deixou o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na berlinda. Lupi assumiu a responsabilidade pela indicação de Stefanuto e ficou na corda-bamba.
DESGASTES E COMPROMETIMENTO
A queda de Carlos Lupi ainda não se configurou porque o Governo Federal enfrenta fragilidade e insegurança na relação com os partidos aliados ao Palácio do Planalto. Abrir uma crise ou mesmo perder o apoio do PDT, sigla comandada por Lupi, não seria prudente, nem aconselhável.
A omissão do INSS para barrar os descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas é mais um componente que se soma à gestão do Ministério da Previdência Social no Governo Lula.
DESVIO DE R$ 6 BI E 5,4 MILHÕES DE BENEFICIÁRIOS VÍTIMAS DE GOLPES
Os repórteres Carlos Silva e Sátiro Sales, ao participarem do Jornal Alerta Geral, ao lado do jornalista Beto Almeida, falam sobre o escândalo no INSS e destacam que as cifras são astronômicas: entre os anos de 2016 e 2024, os descontos nos benefícios previdenciários chegaram a R$ 6,3 bilhões, sendo mais de 95% desses descontos feitos sem autorização dos aposentados e pensionistas.
Segundo o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, a Operação Sem Desconto apontou que as deduções de mensalidades associativas concedidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) saltaram de R$ 413 milhões no ano de 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024.
Fonte: Ceará Agora