"Crianças e adultos em situação de elevada subnutrição, cadavéricas, numa realidade que não deveria existir num paĂs que ano após ano tem recordes na sua produção agrĂcola e alimenta diversas nações e povos", diz o documento. "A responsabilidade por essa tragédia é conhecida no Brasil e no mundo. Na verdade, além da omissão dolosa, o primeiro representado [Jair Bolsonaro] é diretamente responsĂĄvel por autorizar, incentivar e proteger o garimpo ilegal nas terras indĂgenas Yanomami e em vĂĄrias regiões da Amazônia", acrescenta.
Os deputados afirmam que a atitude de Bolsonaro contribuiu de maneira decisiva para a "contaminação dos rios (mercĂșrio) e, consequentemente, resultou nos impactos na alimentação (pesca) e nas condições de sanitĂĄrias (saĂșde) dos povos tradicionais que vivem e sobrevivem nas ĂĄreas onde não deveria haver garimpos, legais ou ilegais".
A representação também inclui todos os ex-presidentes da Funai durante o governo Bolsonaro – no perĂodo de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Assinam a representação os parlamentares Alencar Santana (SP), Maria do RosĂĄrio (RS), Reginaldo Lopes (MG) e Zeca Dirceu (PR).
Na representação, os deputados defendem que esses gestores são "diretamente responsĂĄveis, por ação ou omissão, pelas mortes e infortĂșnios vivenciados pelos povos Yanomami e outras comunidades indĂgenas e deverão ser qualificados e responsabilizados".
Fonte: AgĂȘncia Brasil