A mesa é responsĂĄvel pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos de cada uma das casas. Entre suas atribuições, estĂĄ a promulgação de emendas à Constituição pelas mesas de Câmara e Senado. A mesa diretora é composta pela presidĂȘncia (presidente e dois vices-presidentes) e secretaria - formada por quatro secretĂĄrios e quatro suplentes.
Segundo o regimento interno, os blocos partidĂĄrios determinam a composição da mesa. Quanto maior o bloco, maior o nĂșmero de cargos. Os cargos são distribuĂdos entre os partidos integrantes de cada bloco. Se preferirem, os partidos podem atuar sozinhos, sem integrar nenhum bloco.
O andamento das eleições é coordenado pelo deputado mais idoso com o maior nĂșmero de legislaturas. A votação só serĂĄ iniciada quando houver, pelo menos, 257 deputados no plenĂĄrio.
A apuração é realizada por cargo, iniciando-se pelo presidente da Câmara. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão apurados os votos dos demais integrantes da mesa diretora: dois vices-presidentes, quatro secretĂĄrios e quatro suplentes.
Com a renovação de um terço das vagas dos 81 de senadores, os novos congressistas tomam posse às 15h, no plenĂĄrio. Os mandatos são de oito anos e vão até fevereiro de 2031. Entre os empossados, cinco foram reeleitos: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), RomĂĄrio (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT).
Outros quatro foram nomeados como ministros do governo Lula: Camilo Santana (PT-CE), da ministro da Educação; FlĂĄvio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança PĂșblica; Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, AssistĂȘncia, FamĂlia e Combate à Fome.
Segundo a Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no Congresso Nacional. Logo após serem empossados como senadores, os quatro devem retornar aos ministérios e deixar as cadeiras com os suplentes de cada chapa.
Camilo Santana tem como suplentes Augusta Brito (PT) e Janaina Farias (PT). No caso de FlĂĄvio Dino, as suplentes são Ana Paula Lobato (PSB) e Lourdinha (PCdoB). A cadeira de Wellington Dias deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri (Solidariedade). Os suplentes de Renan Filho são Fernando Farias (MDB) e Adélia Maria (PV).
As atividades para eleição da mesa diretora do Senado terão inĂcio às 15h, com a primeira reunião preparatória em que os senadores a serem empossados prestam compromisso regimental, sem discurso. De acordo com o secretĂĄrio-geral da mesa do Senado, Gustavo Saboia, a previsão é que a votação seja presencial.
Depois da posse, por volta de 16h, começa a segunda reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado. O mandato do presidente, que também responde pela PresidĂȘncia do Congresso Nacional, é de dois anos.
Os candidatos ao cargo defendem suas propostas na tribuna e logo depois é realizada a votação secreta, com uso de cédula. Os senadores são chamados a votar de acordo com a ordem de criação dos estados, assim como ocorre na posse dos parlamentares.
Até o momento, dois candidatos disputam oficialmente o cargo: o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Rogério Marinho (PL-RN). SerĂĄ eleito quem obtiver a maioria absoluta dos votos, ou seja, 41. Se nenhum candidato receber esse apoio, o que nunca ocorreu, os dois mais votados vão para um segundo turno.
ConcluĂda a votação, é iniciada a terceira reunião preparatória, para a eleição dos demais cargos da mesa - primeiro e segundo vices-presidentes e quatro secretĂĄrios, com respectivos suplentes.
Neste ano, a retomada dos trabalhos legislativos contarĂĄ com reforço na segurança em razão dos atos de vandalismo - no dia 8 de janeiro - que causaram um prejuĂzo material para o Congresso Nacional calculado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, conforme estimativa do Senado.
A Esplanada dos Ministérios terĂĄ o trânsito de veĂculos interrompido. Somente servidores, autoridades e convidados poderão acessar o espaço, com controle de credenciais feito por servidores dos órgãos responsĂĄveis. Equipes de atendimento de emergĂȘncia e combate a incĂȘndios atuarão no local e haverĂĄ reforço nos efetivos das delegacias policiais.
A região da Esplanada serĂĄ monitorada pelas forças de segurança do Distrito Federal por meio de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado de Operações de BrasĂlia (Ciob).
Segundo a Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (SSP/DF), serĂĄ proibido acessar a ĂĄrea portando armas brancas ou objetos pontiagudos, garrafas de vidro e latas, hastes de bandeiras, espetos de churrasquinhos, apontador a laser e similares, armas de brinquedo, réplicas ou simulacros, barracas, tendas, fogões e similares, fogos de artifĂcio e artefatos explosivos, dispositivos de choque elétrico ou sonoros (como megafone), substâncias inflamĂĄveis, drogas ilĂcitas ou quaisquer outros materiais que coloquem em risco a segurança das pessoas e do patrimônio. Não serĂĄ permitido acessar a ĂĄrea com animais, exceto cães-guia.
Também serĂĄ proibida a utilização de drones na região da Esplanada, exceto os das forças de segurança e autorizados. As ações de policiamento incluem reforço da segurança nas estações do Metrô-DF, RodoviĂĄria e Aeroporto Internacional de BrasĂlia e efetivo aumentando nas delegacias.
Na quinta-feira (2), às 15h, haverĂĄ a sessão solene de abertura do ano legislativo. A solenidade é marcada pela leitura de mensagem do presidente da RepĂșblica, com as perspectivas para Câmara e Senado em relação à tramitação de propostas consideradas prioritĂĄrias pelo Poder Executivo.
A mensagem é levada ao Congresso pelo ministro-chefe da Casa Civil ou pessoalmente pelo próprio presidente da RepĂșblica. Na ocasião, também serão lidas mensagens dos Poderes JudiciĂĄrio, levada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e do Legislativo, lida pelo presidente da mesa do Congresso. Pode haver ainda mensagem do presidente da Câmara dos Deputados.
*Com informações das agĂȘncias Câmara e Senado
Fonte: AgĂȘncia Brasil