Dados divulgados nessa terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde mostram que os casos de febre Oropouche estão se espalhando pelo Brasil. O país contabiliza, neste momento, 5.102 casos da doença, sendo 2.947 no Amazonas e 1.528 em Rondônia.
Os demais casos foram registrados ou estão em investigação na Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná. Os dados foram atualizados até o dia 15 de março.
A maioria dos casos de febre Oropouche no país foi diagnosticada em pessoas com idade entre 20 e 29 anos. As demais faixas etárias mais afetadas pela doença são 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.
"Introduzimos a vigilância dessa nova doença, fizemos a construção das orientações para observação clínica. A gente não tinha nenhum manual ou protocolo para febre Oropouche. Distribuímos os testes para toda a rede Lacen [laboratórios centrais] e, por isso, estamos conseguindo captar, fazer o diagnóstico correto para essa doença. Estamos monitorando de perto e entendendo melhor essa nova arbovirose", esclarece a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
A febre Oropouche é provocada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, e desde então é detectado principalmente nos estados da região amazônica.
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias, e quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Os sintomas da febre são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da Febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial.
Em caso de sintomas suspeitos, o ministério orienta que a pessoa procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Fonte: Diário do Nordeste