O Ceará confirmou 122 casos de febre oropouche no Estado. A informação foi divulgada pelo secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Silva Lima (Tanta), que acrescentou que os casos continuam restritos à área do Maciço de Baturité.
O vetor já existia no Ceará e é reconhecido pela população como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora. O vírus oropouche, antes restrito à região Norte, passou por mudanças genômicas e conseguiu se espalhar para outros Estados. "O vírus sofreu mutação, indivíduos infectados circularam pelo País em áreas em que o vetor já existe, o vetor picou, adquiriu o vírus e a transmissão local se deu", explicou Tanta.
O profissional apontou também que a possibilidade de deslocamento da transmissão para outras áreas do Estado vem sendo monitorada e avaliada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Outras áreas de serra, como a Chapada do Araripe, no Cariri, podem ser propícias para a reprodução do vetor.
"Sobretudo em áreas que têm modificação ambiental, que você substituiu a vegetação original, como a mata atlântica, por plantações invasivas. Esse mosquito é um díptero, não faz a oviposição dentro das casas, mas em áreas de solo mais úmido", afirmou.
Os sintomas da febre do Oropouche, de acordo com o Ministério da Saúde, são parecidos com os da dengue e incluem febre, dor de cabeça e dor no corpo. Náusea e diarreia também são relatados pelos infectados. "Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle", alertou a pasta.
Dentre as recomendações citadas pelo Ministério da Saúde para prevenir a febre do Oropouche estão: