Os corpos dos três brasileiros mortos em acidente de carro no leste da França ainda não foram liberados devido à autópsia. Ao Diário do Nordeste, Rafael Sousa, primo do pedreiro cearense Denílson de Sousa Amaro, revelou nesta quarta-feira (18) que um amigo das vítimas, morador de Saône, organizou uma vaquinha para realização dos traslados.
"Estamos aguardando o resultado da autópsia, mas, devido às circunstâncias do impacto do acidente, a gente talvez só traga o corpo cremado. A família é humilde, não tem muitas condições. Não é só para o meu primo, mas para a família dos outros", disse. As famílias pedem R$ 30 mil, valor que será dividido igualmente para as quatro vítimas. A Vakinha, organizada na última segunda-feira (16), já arrecadou quase R$ 14 mil.
Além de Denílson de Sousa Amaro, as outras vítimas são os brasileirosAlexander Borges dos Santos e Denivan de Paula Roberto, e Osvaldo Lima Monteiro, natural de Angola.
Rafael ainda descreve que a mãe de Denílson está bastante abalada desde o acidente, ocorrido na madrugada de segunda-feira (16). A família planeja realizar um "funeral e sepultamento digno na cidade [de Mauriti]". O parente do pedreiro ainda explicou que uma cremação deve custar em torno de 3 mil euros.
Ainda não há previsão de liberação do corpo das vítimas.
Nesta quarta-feira (18), Benoit Vuillemin, prefeito da Saône prestou homenagens às vítimas. Conforme a imprensa francesa, cerca de 60 pessoas compareceram à solenidade.
"Não há tempo para julgar, culpar ou comentar... Quatro homens morreram, tragicamente, são quatro famílias em Saône e também no Brasil que estão de luto e a quem enviamos nossos pensamentos", afirmou Vuillemin.
Para o familiar de Denílson, o momento traz conforto para os parentes. "Achei muito bonito, muito plausível para as famílias nesse momento", contou.
O carro onde estavam o três brasileiros e o angolano estava a 180 km/h, em uma rodovia secundária de Saône, da França.
Conforme as autoridades francesas, o acidente aconteceu à 1h30 do horário local (20h30 de domingo, no horário de Brasília) em uma estrada perto da cidade onde as quatro vítimas, de idades entre 32 e 54 anos, viviam.
O promotor Étienne Manteaux explicou que o acidente aconteceu quando o motorista "perdeu o controle", e o veículo, um Volkswagen Passat que circulava "muito rápido", bateu em uma árvore. O motor do veículo foi ejetado e o medidor de velocidade permaneceu "bloqueado em 180 km/h", em uma estrada com limite de 50 km/h.
As famílias têm como meta arrecadar R$ 30 mil para conseguir arcar com os traslados dos corpos para o Brasil e para Angola. Caso queira apoiar a causa, confira o Pix utilizado:
Fonte: Diário do Nordeste