Teve início nesta segunda-feira (19) a greve de pilotos e comissários nos principais aeroportos do País. A paralisação acontecerá todos os dias, por prazo indeterminado, entre 6h e 8h. No Aeroporto Internacional de Fortaleza, não houve registro de voos atrasados, segundo o jornal Estadão.
O Diário do Nordeste entrou em contato a Fraport Brasil para mais detalhes sobre a situação de Fortaleza. A empresa, que administra o aeroporto da Capital, não informou sobre eventuais atrasos ou cancelamentos de voos decorrente da paralisação.
Em nota, disse que não tem gestão sobre a greve e sobre os procedimentos das companhias aéreas para remarcação de voos, mas orienta aos passageiros acompanharem o status das rotas pelo próprio site da Fraport, ou entrar em contato diretamente com as companhias aéreas.
Segundo dados da plataforma e do site flightradar24, Fortaleza registrou sete atrasos de voos nesta segunda-feira, além de um cancelamento. Destes, dois atrasos e o voo cancelado ocorreram ainda na madrugada, não sendo possível associar à paralisação da categoria. Já os demais atrasos foram em voos originalmente agendados após as 8 horas da manhã.
Além da capital cearense, a greve está prevista para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. Por volta das 8h havia pelo menos 19 voos atrasados pelo Brasil.
Os trabalhadores rejeitaram, em votação virtual realizada no fim de semana, a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entre os 5,7 mil votantes, 76,4% rejeitaram o oferecido pela mediação do tribunal.
A proposta apresentada no sábado (17) pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, prevê reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. Os percentuais incidem sobre os salários fixos e variáveis.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que compareçam aos aeroportos, mas que não façam decolagens entre as 6h e 8h.
Na sexta-feira (16), a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviçodurante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da grave, mas determinou que deve ser mantido percentual mínimo de aeronautas em serviço.
Fonte: Diário do Nordeste