As forças de segurança do CearĂĄ monitoram 40 perfis responsĂĄveis por publicar ameaças contra escolas. Do total, 35 pessoas por trĂĄs das postagens jĂĄ foram identificadas, segundo informou nesta quinta-feira (13) o secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do Estado, Samuel Elânio, após reunião para alinhar protocolos de atendimentos e discutir estratégias voltadas para essas ocorrĂȘncias.
O nĂșmero é quase o dobro do divulgado na quarta-feira (12), quando 18 perfis haviam sido identificados pela Coordenadoria de InteligĂȘncia (Coin) da Secretaria da Segurança PĂșblica e Defesa Social (SSPDS) e pelo Departamento de InteligĂȘncia Policial (DIP) da PolĂcia Civil do Estado do CearĂĄ (PC-CE).
"Todos os identificados jĂĄ estão sendo encaminhados para a delegacia, muitas vezes menores de idade, que não oferecem potencial de risco, mas todos estão sendo trazidos para a delegacia para identificar o motivo da criação desses perfis", disse Samuel Elânio, sem atualizar o nĂșmero de pessoas detidas.
Durante a reunião, foi apresentada uma cartilha criada com o intuito de abordar orientações relacionadas ao assunto, com foco nos responsĂĄveis por unidades de ensino, familiares de alunos e nos próprios estudantes.
"É uma cartilha simplificada orientando diretores, professores e alunos como devem agir em situações que ofereçam riscos. Temos difundindo bastante nosso canal de denĂșncia, que seria o 181 e o telefone (85) 3101-0181, que é WhatsApp, garantindo nesses canais o anonimato, para que as pessoas façam uso e denunciem qualquer informação neste sentido", destaca o secretĂĄrio.
Ataques a escolas, como os registrados nas Ășltimas semanas no Brasil, são casos atĂpicos no CearĂĄ. Especialistas veem o problema como complexo, mas hĂĄ medida efetivas que podem ajudar a combater e prevenir novas ocorrĂȘncias.
O enfrentamento envolve desde o eixo mais próximo, como iniciativas das gestões escolares, aos mais ampliados, como as responsabilidades das esferas de governo (municipal, estadual e federal) e a atuação das próprias famĂlias e comunidades.
No PaĂs, para combater ameaças e também ataques, o Ministério da Justiça e Segurança PĂșblica (MJSP), em parceria com a organização não-governamental SaferNet Brasil, criou canal virtual para receber denĂșncias. Para acessar clique aqui.
A denĂșncia é anônima, e as informações enviadas serão analisadas pela equipe do Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança PĂșblica.
Conforme o Governo Federal, centenas de agentes atuam de forma integrada no monitoramento de ameaças, dentre eles, chefes de delegacias de investigação, chefes de agĂȘncias de inteligĂȘncia (incluindo PolĂcias Militares e Civis estaduais) e policiais federais.