O Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que todos os Estados e quase a totalidade dos 5.568 municípios aderiram ao pacto pela ampliação do número de matrículas no ensino em tempo integral.
O prazo de pactução entre União, Estados e Municípios ficou encerrado no último dia 15 e, há poucos dias, Camilo se reuniu com o presidente Lula para apresentar um balanço do estágio em que se encontra o projeto. Segundo o ministro, o pacto já garantiu quase a meta de 1 milhão de novas matrículas em 2023.
""Estamos muito otimistas, porque 100% dos estados participaram e mais de 95% dos municípios brasileiros pactuaram. A nossa meta era chegar a 1 milhão de novas matrículas pactuadas neste ano e já estamos próximos disso"", expôs Camilo ao dizer que, na conversa com o presidente Lula, expôs a proposta do programa de apoio estudantil para os alunos do ensino médio brasileiro. O programa será lançado ainda neste ano.
MELHORES RESULTADOS NO TEMPO INTEGRAL
O ministro Camilo Santana, em entrevista ao Jornal Correio Brasiliense, destaca que a escola tempo integral tem melhores resultados, dá mais oportunidade para a criança e para o jovem, tendo como principal conquista a redução dos índices de abandono e evasão escolar.
""Os alunos precisam sentir vontade de ir para escola. Precisam se sentir bem na escola, de uma escola acolhedora, criativa, que receba bem, uma escola que eles possam fazer um curso de informática Por isso que a escola de tempo integral, além de acolher a criança, dar alimentação, também permite fazer uma prática esportiva e cultural, um reforço escolar, uma área de ciência e tecnologia"", afirma Camilo Santana, ao considerar que o ensino de tempo integral "" é uma das maiores políticas de segurança, de prevenção à violência que um país pode ter é implantar a escola em tempo integral. A meninada fica o dia na escola, faz a refeição"", comemora.
DIÁLOGO E DEMOCRACIA
O diálogo com prefeitos e governadores, de acordo com o Ministro da Educação, é o caminho para melhorar a qualidade do ensino, garantindo, assim, que o aspecto federativo precisa prevalecer em um país onde se respeita a democracia.
""É a relação institucional entre os entes, independentemente da linha política, ideológica a que pertençam. O que está em jogo, repito, é a qualidade da educação na ponta, das crianças, dos jovens. Então, o que nós procuramos fazer, nesses quase 10 meses, foi restabelecer essa relação de diálogo com os entes federados, com os entes que representam professores, entidades de classe, prefeitos, governadores"", observa Camilo, na entrevista ao Correio Brasiliense.
Camilo reafirmou o compromisso de construir, nessa parceria entre União, Estados e Municípios, o que considera como uma das ações mais importantes da sua gestão: o programa de alfabetização de crianças.
""Alfabetizar as crianças na idade certa, porque todas as evidências mostram que se uma criança não aprende a ler e escrever, isso compromete todo o ciclo escolar dela"", ressalta Camilo, ao acrescentar que, com essa mudança, a meta é reduzir a evasão, a distorção idade-série, o abandono e aumento da reprovação.
""Os estudos já mostraram que é preciso olhar para aquela criança naquele momento"", acrescenta Camilo, que, em sua gestão, elegeu o tripé – alfabetização, tempo integral e o terceiro conectividade, como principais sustentáculos para os projetos de mudanças na educação pública.
Fonte: Ceará Agora